O Modelo Padrão resume todo o conhecimento teórico que existe sobre física das partículas, isto é, que partículas existem e como interagem entre si. Existem dois tipos de partículas: partículas de matéria e partículas mediadoras de forças

As partículas de matéria (ou partículas que formam aquilo a que chamamos matéria) consistem em seis quarks e seis leptões, e dividem-se em três famílias. Para cada partícula de matéria existe o seu semelhante de antimatéria (partícula com as mesmas propriedades da partícula de matéria mas com carga oposta). Hoje em dia já só existem partículas de matéria da primeira família. As outras duas famílias foram muito importantes durante a formação do universo mas desde então acabaram por decair para partículas da primeira família.

Os quarks têm massa e carga. Diferentes combinações de quarks formam hadrões (ex. protões e neutrões). Os leptões (ex. o electrão) são partículas elementares, ou seja, não são constituídas por mais nenhuma partícula. Existem três leptões com carga e três leptões neutros. Estes últimos são muito difíceis de detectar.

As partículas mediadoras de forças (ou apenas mediadores de forças), são as partículas responsáveis pelas interacções (forças). Existem três tipos de mediadores de forças: fotões, gluões e bosões vector.

O fotão é neutro, não tem massa e é a particula mediadora da força electromagnética. Esta é uma das interacções que existem entre partículas carregadas. Existem oito gluões responsáveis pela força forte que actua sobre os quarks e mantém os hadrões unidos. O terceiro grupo é constituído pelos bosões vector (W+, W- e Z0) que medeiam a força fraca. Esta é a interacção responsável pela transformação de uma partícula noutra.

O bosão de Higgs não é uma partícula mediadora de uma interacção nem uma partícula de matéria. O Bosão de Higgs aparece como ingrediente fundamental nas equações do Modelo Padrão, quando permite que as partículas do Modelo tenham massa (como acontece naturalmente). Os cientistas esperam provar a existência do Bosão de Higgs no novo acelerador do CERN, o LHC