O maior acelerador de electrões já construído foi o LEP (Large Electron Positron collider), que funcionou no CERN entre 1989 e 2000. A sua circunferência tinha 27 quilómetros, e todo o acelerador estava enterrado no solo a 100 metros de profundidade.

LEP era um colisionador em que os feixes de partículas consistiam em pacotes de electrões e pacotes de positrões (anti-electrões), que eram acelerados em sentidos opostos em órbitas próximas umas das outras, dentro de tubos de vácuo (o tubo de feixe). Depois os pacotes de electrões eram forçados a colidir com os pacotes de positrões, em quatro pontos de interacção.

Para atingir a elevada energia necessária, as partículas eram aceleradas em cada volta no acelerador circular. Campos electromagnéticos de aceleração aumentavam a energia das partículas em cavidades super-condutoras de rádio-frequência. Diferentes tipos de electroímans mantinham as partículas em órbitas bem definidas, com velocidades muito próximas da velocidade da luz no vácuo, c=299 792 458 m/s.

A aceleração aumentava a energia das partículas, em passos de 40 MeV por volta, até um máximo de aproximadamente 100 GeV. O número de pacotes de electrões (e de positrões) foi variável, embora na maior parte do tempo tivessem sido usados 4 pacotes de cada espécie.

Dentro de LEP estavam 3368 electroímans e 272 cavidades aceleradoras super-condutoras. Estas tinham de ser arrefecidas até uma temperatura de aproximadamente -269oC (Brrr!).