Classificando acontecimentos com MINERVA

Aqui irá aprender como os acontecimentos mencionados antes são reconhecidos na aplicação MINERVA. Assim irá usar os seus conhecimentos sobre a identificação de partículas. Irá aprender como seleccionar acontecimentos com um bosão W como acontecimentos de sinal e distingui-los de acontecimentos de fundo. Mais uma vez, encontrará explicações sobre estes procedimentos na forma de uma galeria de imagens.



Processos de Sinal
  • Tanto na vista transversal como na vista longitudinal, podem ver-se traços de partículas. Isto é típico de um acontecimento que se pode observar com o Detector ATLAS. Note o valor do momento transverso em falta (MET de 38 GeV). Neste caso foi produzido um neutrino (ou anti-neutrino). Assim este acontecimento é muito interessante! Vejamos se conseguimos identificar outras partículas.
  • Nesta vista transversal pode-se ver claramente um muão (ou anti-muão). O traço associado no detector de traços está na direcção oposta à linha tracejada a vermelho. É uma indicação muito forte para o decaimento de um bosão W num muão (que se desloca para a esquerda nesta imagem) e um anti-neutrino (que se desloca para a direita).
  • Há muitos traços visíveis na vista longitudinal na primeira imagem em cima. De forma a mostrar apenas as partículas com elevado momento linear transverso, podem-se definir os chamados cortes ("cuts"). Assim, apenas as partículas com um valor mínimo para o momento linear transverso são escolhidas para serem mostradas. O valor mínimo (corte) tem de ser especificado, sendo 20 GeV/c um valor adequado. Significa que todas as partículas com momento linear transverso superior a 25 GeV/c são mostradas. O resultado da aplicação deste corte é mostrado na segunda imagem em cima.


  • Na vista transversal pode ver a assinatura de um electrão com elevado momento linear transverso e um neutrino ou anti-neutrino (energia transversa em falta MET=39 GeV) deslocando-se na direcção oposta. Na vista longitudinal pode também ver o electrão bem isolado.
  • A informação do traço do leptão carregado diz-nos que é realmente um electrão (repare no sinal negativo).


Processos de Fundo
  • Este acontecimento distingue-se dos acontecimentos de sinal porque se pode observar mais do que um jacto de partículas.
  • Ambas as vistas estão aumentadas e devido à opção "fish-eye" (olho-de-peixe) revelam claramente o jacto de partículas.
  • Esta imagem mostra uma vista ainda mais aumentada do acontecimento. Aqui pode observar muito bem como é que os jactos de partículas têm origem no vértice da interacção (verde). Existe um traço espúrio que pode ter origem num vértice diferente que tendo menos de 3 traços não é mostrado.


  • Esta imagem mostra o decaimento de um bosão Z (ou Z0), que é o mediador electricamente neutro da interacção fraca. O bosão Z decaiu imediatamente após a sua criação em um muão e um anti-muão.
  • Nesta vista transversal aumentada pode-se ver um muão e anti-muão na mesma direcção e em sentidos opostos. Ambas estas partículas podem ter sido produzidas por uma partícula pesada que decaíu após a sua criação. Além disso não há energia transversa em falta, significando que um neutrino ou anti-neutrino provavelmente não foi produzido.
  • Verificações complementares são sempre úteis para confirmar a hipótese de que um bosão Z foi produzido. Os dois traços associados ao muão e anti-muão correspondem a partículas com cargas eléctricas opostas.