1.   Resumo

 

O exerccio proposto consiste na busca de partculas estranhas, que so produzidas partir de colises entre partculas no acelerador LHC e medidas pelo experimento ALICE. Este exerccio se baseia em reconhecer o decaimento tpico dessas partculas, chamadas de V0, como por exemplo, ,  e . A identificao dessas partculas estranhas baseada na sua topologia de desintegrao e na identificao dos produtos dessa desintegrao; as informaes da trajetria dessas partculas so usadas para calcular a massa invariante da partcula me e, assim, confirmar a identidade dessa partcula.

 

Nas sees seguintes, o experimento ALICE e seus objetivos so brevemente apresentados, assim como a motivao desta anlise. A metodologia utilizada para a identificao das partculas estranhas e as ferramentas dessa metodologia sero apresentadas em detalhe; em seguida, o exerccio explicado passo a passo, assim como, a apresentao dos resultados. No final, a maneira de organizar os resultados apresentada.  

 

2.   Introduo

ALICE (do ingls, A Large Ion Collider Experiment – Um Grande Experimento de Colisor de ons), um dos grandes experimentos do CERN LHC (do ingls, Large Hadron Collider - Grande Colisor de Hdrons), destinado ao estudo de colises entre ons pesados. Ele tambm destinado para o estudo da coliso entre prtons, que fornecem dados utilizados como referncia para as colises ncleo-ncleo. Alm disso, os dados de colises entre prtons tambm so teis para os estudos especficos da fsica hadrnica de prtons. O detector ALICE foi concebido para lidar com a maior multiplicidade de partculas previstas em colises entre ons pesados nas energias extremas do LHC.

3.   A Fsica do ALICE

Os quarks esto presos nos prtons e nutrons por uma fora chamada de interao forte, que so mediadas por trocas de partculas mediadoras chamadas glons. A interao forte tambm responsvel pela ligao entre prtons e nutrons em ncleos atmicos.

Embora saibamos que quarks so partculas elementares que constituem todos os hdrons, nunca um quark isolado foi observado: os quarks, assim como os glons, parecem estar permanentemente juntos e confinados em partculas como prtons e nutrons. Esse fenmeno conhecido como confinamento. O mecanismo exato que causa esse fenmeno ainda permanece desconhecido.

Ainda que a Fsica das interaes fortes seja bem compreendida hoje, duas questes continuam no resolvidas: a origem do confinamento e o mecanismo que geram as massas dos quarks ligados. A resposta para ambas questes est relacionada forma como a interao forte modifica as propriedades do vcuo.

A teoria atual da interao forte (chamada Cronodinmica Quntica) prev que em temperaturas e densidades muito altas, quarks e glons se libertam das partculas que eles compem. E com isso, eles podem existir livres em um novo estado de matria conhecido como o plasma de quarks e glons.

Essa transio deve ocorrer quando a temperatura ultrapassa um valor crtico, estimado em torno de 100 000 vezes mais elevado que a temperatura do centro do Sol! Essas temperaturas s existiram na natureza no incio da formao do Universo. Segundo a teoria do Big Bang, a temperatura do Universo estava durante alguns milionsimos de segundo acima do valor crtico e a toda a matria do universo estava no estado de plasma de quarks e gluons.

Quando dois ncleos pesados se aproximam a uma velocidade prxima da luz e colidem, essas condies extremas de temperatura podem ser recriadas e os quarks e  glons so liberados. Os quarks e os glons interagem entre si criando um ambiente em equilbrio trmico: o plasma de quarks e glons. Esse plasma se expande e se resfria temperatura no qual quarks e glons se agrupam para formarem a matria comum (1012 graus) em, aproximadamente, 10-23 segundos aps o incio da coliso. O ALICE estuda a formao e as propriedades desse novo estado da matria.

4.   Aumento de produo da estranheza como indicao da formao do plasma de quarks e glons

O diagnstico e o estudo das propriedades do plasma de quarks e glons (PQG) podem ser realizados com a ajuda de quarks que no esto presentes na matria que existe a nossa volta. Uma das assinaturas experimentais da existncia do PQG se apoia na ideia do aumento na produo de estranheza. Essa foi uma das primeiras propostas para se observar o plasma de quarks e glons, feita em 1980.  Contrariamente aos quarks up e down, os quarks estranhos no so trazidos pelos ncleos que colidem. Portanto, todo quark ou anti-quark estranho observado na experincia criado partir das energias cinticas dos ncleos em coliso. Como a massa dos quarks estranhos da ordem de grandeza da temperatura na qual os prtons, nutrons e outros hdrons se dissolvem em quarks, a abundncia de quarks estranhos sensvel s condies, estrutura e dinmica da fase da matria no-confinada. Assim, uma produo elevada de quarks estranhos assinala que as condies de no-confinamento foram atingidas.

Na prtica, o aumento da estranheza pode ser observado ao se contar o nmero de partculas estranhas, isto , as partculas que contm ao menos um quark estranho, e ao se calcular a razo entre partculas estranhas e partculas no-estranhas. Se essa relao superior quela dada pelos modelos tericos que no preveem a criao do PQG, o aumento observado.

Para colises entre ons de chumbo, o nmero de partculas estranhas normalizado pelo nmero de nucleons que participam da coliso e comparado com essa mesma razo em colises entre prtons.

5.   Partculas estranhas

As partculas estranhas so hdrons contendo ao menos um quark estranho. Isto se caracteriza pelo nmero quntico estranheza. O mson estranho neutro mais leve o  e o brion estranho neutro mais leve o  (uds), da famlia dos hyperons.

Ns estudaremos a desintegrao dessas partculas, por exemplo, , . Nessas desintegraes, o nmero quntico da estranheza no conservado, porque os produtos da decomposio so unicamente compostos de quarks up e down. Consequentemente, no se trata da desintegrao forte (que so muito rpidas, que ocorrem em um intervalo de tempo da ordem de 10-23 segundos) mas de desintegraes fracas, onde a estranheza pode ser conservada (S = 0) ou modificada em um unidade (S = 1). Para essas desintegraes, a vida mdia τ fica entre 10-8 e 10-10 segundos. Para as partculas com velocidades prximas a da luz, isso significa que a partcula se desintegra a uma distncia (em mdia) de alguns centmetros do ponto de produo (do ponto de interao entre os prtons).

6.     Como identificar as partculas estranhas

O objetivo deste exerccio consiste na busca por partculas estranhas produzidas em colises entre prtons no LHC e registradas pelo experimento ALICE.

Como mencionado na seo anterior, as partculas estranhas no sobrevivem muito tempo; elas se desintegram pouco aps sua produo. No entanto, elas sobrevivem o suficiente para viajar alguns centmetros de distncia do ponto de interao (PI), onde elas foram produzidas. Sua busca baseada na identificao de seus produtos de desintegrao, que devem provir de um vrtice secundrio comum.

As partculas estranhas neutras, como os  e , se desintegram dando um padro caracterstico, chamado V0. A partcula me desaparece a alguns centmetros do ponto de interao e duas partculas de cargas opostas aparecem em seu lugar; sua trajetria curvada em direes opostas pelo campo magntico do solenide do ALICE.

Na figura abaixo, os traos vermelhos indicam partculas de carga positiva; os traos verdes indicam partculas de carga negativa.

As desintegraes que ns procuramos so:

  

                                               anti

Ns vemos que para um estado final de dois pons, o padro de decaimento quase simtrico, enquanto para o estado final de um pon e um prton, o raio de curvatura do prton maior que o do pon: devido sua massa mais elevada, o prton transporta a  maior parte do momento inicial.

Ns iremos buscar tambm as desintegraes em cascata de partculas estranhas carregadas, como as ; essa partcula se desintegra em  e ; em seguida o  se desintegra em e prton; o pon inicial se chama solteiro representado em roxo na figura.

 

A procura por V0s baseada na topologia da desintegrao e na identificao dos seus produtos; uma confirmao suplementar da identidade da partcula o clculo da sua massa; essa se faz utilizando as informaes (massa e momento) dos produtos do decaimento como descrito na seo seguinte

7. Calculando a massa (invariante)

Consideramos acima o decaimento de um kaon (K0) neutro em dois pons carregados, Ks0+-

Seja E, p e m a energia total, o momento (vetor!) e a massa da partcula me (K0);

Seja E1, p1 e m1 a energia total, o momento e a massa da partcula filha de nmero 1 (+) e  E2, p2 e m2 a energia total, o momento e a massa da partcula filha de nmero 2 (-).

Conservao de energia                                 E = E1 + E2     (1)

Conservao de momento                             p = p1 + p2      (2)

Da relatividade (assumindo c=1)                  E2 = p2 + m2   (3)

Onde p = |p| o comprimento ou magnitude do vetor momento p. Isso tambm se aplica, naturalmente, para as partculas filhas:

            (4)

                       (5)

Aqui  p1 = |p1| e p2 = |p2| so comprimentos de p1 e p2.

Das equaes acima encontramos que:

m2 = E2 – p2 = (E1 + E2)2 – (p1 + p2)2 =  +  + 2E1E2p1.p2 p2.p2 2 p1.p2   (6)

Onde introduzimos o produto escalar p1.p2  de dois vetores p1 e p2, que a igual soma  dos produtos das componentes x, y e z dos dois vetores:

p1.p2  = p1x p2x + p1y p2y + p1z p1z                         (7)

p1.p1  = p1x  2 + p1y  2 + p1z  2                                       (8)

p2.p2  = p2x  2 + p2y  2 + p2z  2                           (9)

Portanto, da equao (6), temos:

m2 =  +  + 2E1E2 – p1 2– p2 2 2 p1.p2 =  m1 2 + m2 2 + 2.E1 E2 - 2 p1.p2  (10)

Assim, podemos calcular a massa da partcula inicial a partir da massa e das componentes do momento das partculas filhas.

A massa das partculas filhas m1 e m2 so conhecidas: diversos detectores ALICE identificam-nas.

O momento das partculas filhas p1 e p2 so medidos partir do raio de curvatura da trajetria, devido ao campo magntico que conhecido. No exerccio, so usadas as trs componentes do vetor momento associado a cada decaimento V0, como apresentado nas equaes acima.

O clculo da massa invariante apresenta tipicamente uma distribuio como apresentado na figura abaixo. A distribuio apresentada esquerda corresponde ao clculo da massa para o par pon-prton; o pico corresponde partcula Λ e o contnuo o rudo de fundo proveniente das combinaes fortuitas de pons e prtons que parecem vir do mesmo vrtice secundrio ou que tenham sido identificados de forma errnea; a distribuio direita corresponde ao clculo da massa para o par pon negativo e positivo; o pico corresponde ao .

8. As ferramentas e como us-las

O exerccio realizado com o programa ROOT e uma verso simplificada do visualizador de eventos do ALICE. Em uma janela de linha de comando (terminal), que estar aberta em seu computador (assim voc j estar no diretrio apropriado para a execuo da atividade), voc dever digitar: root masterclass.C. Uma pequena janela ir aparecer, como na figura. Essa janela ir oferecer trs opes possveis: modo de demonstrao (Demo), modo estudante (Student) para  anlise dos eventos e modo professor (Teacher) para a coleta e combinao dos resultados.

O modo demonstrao apresenta alguns exemplos de decaimento do , Λ, anti-Λ e Ξ. A escolha do modo estudante (Student) para anlise e a procura visual por V0s, abre uma janela como aquela mostrada na figura abaixo.

A coluna da esquerda oferece uma srie de opes: Instrues (Instructions), Navegao de Eventos (Event Navigation), Buscador  de V0s e Cascatas (Cascades), Calculadora (Calculator), seleo de tipos de exibio - trajetrias (Tracks), geometria do detector (Geometry)... Tambm h, na seo Enciclopdia (Encyclopedia), uma breve descrio do detector ALICE e seus componentes, assim como, exemplos de decaimentos V0 e de eventos de colises entre ons de chumbo.

A tela mostra trs pontos de vista do detector ALICE (tridimensional, projeo em e a projeo em rz). Voc pode selecionar a exibio da informao de cada evento. Se voc clicar no cone correspondente, poder ver todos os pontos (Clusters) e trajetrias (Tracks) do evento; se voc clicar no cone buscador de V0 (e cascata), os V0s (e cascatas) sero destacados, caso eles existam. Uma vez encontrado um V0, as trajetrias (Tracks) e pontos que as compem (Clusters) podem ser removidos da tela e somente as trajetrias associadas ao V0 so mostradas. A cor convencional para os traos de partculas positivas de V0 so vermelhas, enquanto os traos das partculas negativas, verdes. As  partculas solteiras (bachelors) das cascatas so apresentadas na cor roxa.     

Clicando em cada trao, os valores das componentes do momento e a massa da partcula (na verdade, o valor de massa mais provvel segundo o algoritmo de identificao de partculas do ALICE) aparecem em uma pequena janela ( direita da figura seguinte). Essa informao pode ser copiada na calculadora, que faz o clculo da massa invariante da partcula me, usando a frmula que foi explicada na seo anterior.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O programa inclui, tambm, quatro histogramas de massa invariante (para , Λ, anti-Λ e Ξ). Aps inspecionar cada decaimento V0, voc pode identificar os produtos do decaimento da partcula me e o valor da massa invariante (uma tabela de referncia com as massas de algumas partculas so dadas na calculadora, como mostra a figura acima). Em seguida, voc deve pressionar o boto Isto um Kaon (Thats a Kaon), Isto um Lambda (Thats a Lambda), etc. Dessa forma, voc estar adicionando uma entrada no histograma correspondente. Os histogramas de massa invariante podem ser exibidos clicando na aba "Massa Invariante" (Invariant Mass), logo acima da tela de eventos. Para atualizar os contedos voc dever clicar no interior de cada histograma

9. O exerccio – Analisar eventos e encontrar os hdrons estranhos.

A parte de anlise consiste em identificar e contar as partculas estranhas em uma dada amostra, contendo na ordem de 30 eventos. Quando iniciar o exerccio, voc dever clicar no modo estudante (Student) e selecionar o evento que voc quer analisar. Atualmente, existem 6 amostras diferentes de eventos com dados de colises prton-prton 7 TeV de energia no centro de massa.

Ao observar cada um desses eventos na tela, clicando inicialmente nos botes para ver os pontos (Clusters) e trajetrias (Tracks), voc notar a complexidade desses eventos e o elevado nmero de trajetrias produzidas pelas colises dentro dos detectores. A maioria dessa trajetrias correspondem a pons.

Ao clicar em "V0" e "Cascatas" (Cascades), as trajetrias do decaimento V0, quando houverem, e os decaimentos em cascata, quando houverem, aparecero em destaque. Ao clicar em cada trajetria, voc ir obter as informaes sobre elas: a carga, as trs componentes do vetor momento e a massa mais provvel para a partcula associada essa trajetria. Estas informaes proveem de diferentes detectores usados para a identificao de partculas. Dos produtos do decaimento, voc pode inferir qual a partcula me; para confirmar isso, voc dever calcular a massa invariante como descrito na seo 7 e comparar os valores com os apresentados na tabela de sua calculadora.

Se a massa 497 MeV 13 MeV (no intervalo [484, 510] MeV) um Kaon;

Se a massa 1115 MeV 5 MeV (no intervalo [1110, 1120] MeV) e as partculas filhas so um prton e um pon negativo, ento um Lambda.

Se a massa 1115 MeV 5 MeV (no intervalo [1110, 1120] MeV) e as partculas filhas so um anti-prton e um pon positivo, ento um anti-Lambda.

Para o decaimento cascata, se a massa calculada pelos 3 caminhos 1321 10 MeV (em um intervalo [1311, 1331] MeV) ento um Ξ.

Dependendo do resultado que voc encontrar, clique no Isto um Kaon (Thats a Kaon), Isto um Lambda (Thats a Lambda), etc. Dessa forma, adicionada essa entrada no histograma correspondente da massa invariante. No entanto, pode ocorrer que no seja encontrado nenhum valor calculado de massa que corresponda com os valores acima. Isto um evento de fundo (background), ou seja, as trajetrias parecem vir de um vrtice secundrio comum, mas neste caso, o vrtice foi identificado erroneamente. Para os propsitos desse exerccio, iremos ignorar esses V0s.

10. Apresentao dos resultados

Esta tabela representa o resumo dos resultados. A coluna da direita contm o nmero de , Λ, anti-Λ e Ξ, que voc encontrou (lembre-se de que preciso ter apertado o boto Isto um Kaon, Lambda, etc).

Voc tambm pode olhar os histogramas de massa invariante e verificar o nmero de entradas para cada tipo de partcula. Quando voc analisar todos os eventos de sua amostra de dados, salve os resultados em um arquivo seguindo as instrues do programa de anlises.

11. Coleta de todos os dados

Selecionando a opo Professor (Teacher) no menu inicial do MasterClass, voc pode coletar todos os resultados. Em Controle do Professor" (Teacher Controls) voc deve selecionar a opo "Pegue Arquivos" (Get Files) e obter, um a um, os arquivos com os resultados da anlise de cada amostra de dados. Obviamente voc precisar transferir os arquivos com os resultados, primeiro para o computador do professor!  Em seguida, em Resultados (Results), voc poder observar a Tabela com todos os resultados.

12. Anlise com estatstica elevada

O visualizador de eventos uma ferramenta poderosa que ajuda a verificar a qualidade dos dados, sua reconstruo e uma ideia de como os eventos se parecem. Entretanto, uma anlise real no feita visualmente - o que seria muito entediante e demorado. A fim de analisar milhes de eventos que so coletados diariamente no LHC, programas de computadores so utilizados e isso que voc far a fim de procurar por V0s em uma amostra grande de eventos.

Na janela de terminal, mude o diretrio (atravs do comando cd MasterClass_extended) e digite root MasterClassExtended.C. No espao coloque seu nome aqui" (put your name here), coloque um uma combinao de caracteres que formar o nome do arquivo de resultados. Escolha uma amostra de dados para analisar (atualmente existem 6 amostra de colises pp a 7 TeV com 200 eventos cada); em seguida, escolha "Estudante" (Student) para prosseguir com a anlise.

Em Ferramentas de Anlise" (Analysis Tools), voc pode analisar 100 ou 2000 eventos e calcular a massa invariante de pares de partculas tais como +-.  Voc poder ver que a massa invariante uma distribuio contnua - isso porque os pares de pons combinados aleatoriamente, no vem de um vrtice secundrio comum e podem dar qualquer valor de massa. Isso o fundo.

Ao prosseguir para a seleo de V0, somente pares vindos de um vrtice secundrio comum sero considerados; sua massa invariante calculada a partir da informao das trajetrias e da massa dos produtos de decaimento identificados. Voc pode selecionar  ou Λ (incluindo anti-Λ). Cada vez que a anlise de todos os eventos na amostra terminar (observe o terminal atrs do menu), clique na tela com as distribuies de massa invariante para mostrar o histograma relevante.

A fim de encontrar o nmero de partculas de um certo tipo, por exemplo , voc precisa encontrar o nmero de eventos no pico depois da subtrao do fundo. A fim de ajustar um curva (polinmio de segundo grau) ao fundo, voc primeiro escolhe o intervalo do ajuste usando a barra e clicando em "Ajuste do Fundo" (Fit background). Quando voc clica na tela, a funo ajustada super-imposta ao histograma e voc pode verificar visualmente se o ajuste razovel. Em seguida, voc pode ajustar uma distribuio Gaussiana ao sinal, primeiro selecionando o intervalo do pico. Para a subtrao do fundo, os coeficientes do polinmio de segundo grau so usados; clicando no histograma, voc obtm o nmero total de eventos no pico, o nmero de eventos de fundo e aqueles com sinal, assim como o valor mdio da Gaussiana (a massa da partcula) e sua largura.

A fim de guardar os histogramas, voc primeiro deve selecionar o diretrio onde os histogramas sero salvos (o padro "teacher") e em seguida o subdiretrio: K0s (para Kaons), Lambda (para Λ e anti-Λ juntos). Clicando em 1, 2, 3 ou 4, voc salva o histograma mostrado no canto superior esquerda, superior direita, inferior esquerda ou inferior direita da tela, respectivamente.

Pode ser difcil ajustar os dados de 2000 eventos - ser mais fcil com maior estatstica uma vez que todos os resultados foram adicionados, como descrito na prxima seo.

13. Coleo de todos os resultados da anlise com estatstica elevada

Escolha o modo Professor (Teacher mode) no menu "anlise de larga escala" (large-scale analysis). A opo "Pegue os arquivos" (Get Files) funciona da seguinte maneira: clicando em "Professor" (Teacher), o diretrio padro, voc pode escolher os subdiretrios para Kaons (K0s), Λ e anti-Λ (Lambda). Uma vez que voc selecionou o diretrio onde voc guardou os histogramas ("teacher" pode ser mudado para o diretrio da sua escolha) e subdiretrio, clique em 1, 2, 3 ou 4 - todos os arquivos de histogramas naquele diretrio sero adicionados (a informao do nmero e tamanho dos arquivos de histogramas so mostrados na janela do terminal atrs do menu); quando voc clica na tela, o histograma resultante ser mostrado no canto superior esquerdo (1), superior direito (2), inferior esquerdo (3) ou inferior direito (4) da tela. 

A fim de encontrar o nmero total de partculas de um certo tipo siga o procedimento para o ajuste do fundo e do sinal como descrito na seo anterior.

14. Clculo da abundncia de partculas

Usando a informao que ser dada a voc aps o trmino da anlise (por exemplo, eficincia na reconstruo de trajetrias para cada tipo de partcula), calcule a abundncia (nmero de partculas produzidas por interao) para cada tipo de V0.

15. Esquema do exerccio

Anlise visual

1.     Veja exemplos de decaimentos de V0 e descubra como usar as ferramentas (buscador de V0, calculadora, histogramas).

2.     Analise visualmente uma amostra de 30 eventos com V0.

3.  Adicione os resultados da anlise de todos os grupos.

Anlise com elevada estatstica

4.     Analise 2000 eventos /observe a distribuio de massa do fundo combinatrio.

5.     Analise 2000 eventos procurando por  / ajuste o fundo / ajuste o pico.

6.     Analise 2000 eventos procurando por L e anti-L/ ajuste o fundo / ajuste o pico.

7.  Adicione os resultados das anlises de todos os grupos.